terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Season 2009: What was hot, what was not.


Em uma das temporadas mais marcantes para os Purple 'n Gold fans, na hora do "balanço final" fica difícil colocar pontos negativos na mesma quantidade de pontos positivos.
Todavia, devido à amargura recente da derrota que, por muitos americanos, é considerada a pior derrota para se digerir da história da franquia, não se assustem se ao fim do modesto texto, vocês se depararem com pontos negativos demais para uma temporada brilhante.

What was hot:

> Ataque aéreo. É impressionante como três atletas conseguiram fazer uma mudança tão brusca no nosso jogo aéreo. O nome de dois deles está na boca do povão: Brett Favre, future first ballot hall of famer, e Percy Harvin. Mas a melhorada no lado direito da linha se deve ao terceiro nome: Phil Loadholt. Há quem o ache mediano e há quem o ache promissor o suficiente para deslocá-lo para Left Tackle, ou seja, o Blind side do QB e posição mais importante da Linha, e fazer uma troca com negative ego Big McKinnie. Eu faço parte do segundo grupo.
Sidnei Rice mostrou que só não havia estourado antes no Vikings por falta de QB E, principalmente, pelas lesões que o acometeram nos dois primeiros anos na liga. Agora é um go to guy fenomenal, que agrega uma ótima estatura a um catch seguro. Pode não ser o top 10 de velocidade, mas brincou na secundária do forte Cowboys. Percy Harvin mostrou-se uma ótima válvula de escape em third downs e Bernard Berrian no apagar das luzes mostrou que ainda pode ser útil pro time.
Nossos HBs entraram definitivamente no nosso jogo aéreo sendo plenamente eficazes em terceira descida. Crédito especial para Chester Taylor, que é "especialista" nessas situações. Deixei para mencionar por último o atleta que é tão pouco reconhecido pela mídia americana mas que deu uma guinada em sua carreira nos últimos dois anos: Visante Shiancoe. Há dois anos no training camp, ele quase era despedido. Dropava 50% dos passes: horrível. Depois declarou publicamente que iria fazer o possível e o impossível para ser um TE digno de vestir a camisa do Vikings e assim o fez: preparação física e técnica fortíssimas o tornaram um dos melhores TEs da liga. Bateu o recorde da franquia de TDs recebidos por um TE em uma temporada - com folga - e tende a manter o bom trabalho no futuro. Se Favre, ou algum outro QB muito competente estiver under center na próxima temporada, os defensive backs da NFC North terão pesadelos ao longo de toda a temporada.

> Ataque terrestre. Pior atuação entre as últimas três temporadas. Todavia, chegou mais vezes na endzone adversária. Sofremos com problemas crônicos de fumbles por parte do nosso astro Adrian Peterson, mas o pior de tudo foi o run block. Bryant McKinnie é extremamente preguiçoso pra seguir o block e levá-lo ao próximo nível enquanto nossa posição de RG é muito limitada tecnicamente. Alie-se a isso um Center novo e proporcionalmente pequeno e leve para a sua posição. Eis a explicação para a dificuldade que All Day teve essa temporada para conseguir grandes avanços em maior constância.
De toda sorte, um time que pontua 19 vezes por terra, tem um HB que chega na casa das 4.000 jardas terrestres em suas três primeiras temporadas como profissional, tem o melhor LG da décadae um gigante RT com ânimo para destribuir pancakes field adentro sempre estará na lista das funções que deram certo na franquia. Poderia ter sido melhor? Obviamente. De Adrian Peterson você sempre espera o maior dos espetáculos. Mas mesmo não tendo ocorrido tantos assim, o ataque terrestre foi eficiente, pontuador e abriu espaço para vários fakes e boot legs para Favre - a sua especialidade.

> Coaching Staff. Para quem acompanha o blog de longas datas e, especialmente, os meus posts, vai rir ou se sentir totalmente confuso ao me ver elogiando o Coaching Staff do Vikings, visto que sou crítico voraz dos mesmos.
A questão é que foi possível notar uma melhora significante no preparo dos especialistas e em outras posições críticas do time. O trabalho de um Staff é assim mesmo: Firme, lento porém sempre progressivo. Brad Childress continua a dar suas mancadas, FATO. Mas simplesmente o fato dele ter engolido seu orgulho e ter entregue nas mãos de Favre o ataque nos momentos decisivos no fim do campeonato já o garante créditos. Às vezes, ceder é ganhar. Creio que ele tenha aprendido com isso.
Se conseguirem manter um nível elevado de ataque aéreo mesmo com um QB que não seja Favre e se conseguirem reduzir as jardas retornadas em punts e kickoffs pelos adversários na temporada seguinte, definitivamente será um Coaching Staff que estará movendo as correntes lentamente, porém com firmeza.

> Defesa terrestre. Infelizmente, por pouquíssimas jardas, não conseguimos ser a melhor defesa contra corrida na liga pela terceira vez consecutiva, o que seria um recorde. Mas ficamos em um honroso segundo lugar. Definitivamente Running Back não se cria contra essa defesa do Vikings. Esse front seven é excepcional contra a corrida e, se Pat Williams não se aposentar, tem tudo pra ser novamente pela quarta temporada consecutiva.

> Front Office. A família Wilf está em uma corrida duríssima para conseguir manter o Vikings em Minnesota. Apesar de não receber apoio nenhum do governo local, notícias recentes apontam que o sonho de um novo estádio está começando a se tornar mais paupável e que daqui a três anos teríamos nosso novo estádio, fruto quase que exclusivo dos nossos managers.
Eles, também, juntamente com Brad Childress e D. Bevel protagonizaram a movimentação de free agency mais badalada dos últimos 20 anos: A contratação de Brett Favre. Logo, eles são responsáveis diretos e inequívocos de uma das melhores temporadas da história da franquia.
Se não fosse o bastante, ainda mantiveram o "hábito" de fazerem ótimos drafts ao escolher o rookie of the year e um sólido RT nas duas primeiras escolhas. Parabéns Zigy Wilf! Fique no Vikings por muitos e muitos anos!

> Vikings fans. Torcedor é impaciente e irracional, não importa o esporte nem o país. Os Purple 'n Gold fans foram uma exceção. Viram o time perder pro Steelers quando estavam com a vitória nas mãos, viram o time apanhar vergonhosamente do Panthers e do Cardinals, perder do rival Bears no overtime (perdendo a chance de "swwepar" toda a divisão!)mas mesmo assim, na reta final, deram um apoio que há anos não se via pelas bandas de Minneapolis e empurraram o time de forma primorosa. Créditos da magnífica vitória sobre o Cowboys no NFCDG devem ser dados à nação Purple 'n Gold, que confiou em seus atletas do início ao fim.

> Especialistas. Em uma temporada totalmente deplorável para os place Kickers, o Vikings foi um time felizardo por poder contar com o Mister Accurate Ryan Longwell. Se não houvesse aquela ridícula falta de 12 men on the huddle, daquela longa distância, eu creio que Longwell teria conseguido fazer o FG para levar-nos ao Super Bowl. É um jogador importante para a franquia, sem sombra de dúvidas. Já o nosso Punter Chris Guitar Hero Kluwe vem evoluindo gradativamente e não comprometeu em nenhum jogo essa temporada, ao contrário da passada onde errou feio duas vezes no jogo contra o Saints e algumas vezes em outros jogos. Nessa temporada, ao contrário, foi bastante eficiente conseguindo fazer com que o ataque adversário começasse colados nas suas end zones VÁRIAS vezes. Longa vida no Vikings, para você, Kluwe!

What was not:

> Defesa aérea: Até quando teremos que sofrer com a mediocridade dos nossos defensive backs? É inadmissível uma franquia, seja ela qual for, ter um problema crônico por tanto tempo e não resolvê-lo, entra free agency, sai free agency, entra draft, sai draft... Winfield PRECISA ser movido para a posição de strong safety, onde poderá distribuir seus potentes tackles sem ser queimado na velocidade por wide receivers mais novos. Nós não temos UM safety que possamos dizer: "esse cara é bom!". O panorama dos DBs é deplorável e precisamos de uma escolha de CB ou S no primeiro ou no segundo round desse ano. Pegar CB no fim do draft como aposta já passou dos limites.

> Término dos retornos adversários: OK, tenho que admitir que levamos muito menos TDs de retorno nessa temporada em relação às temporadas anteriores. Todavia, permitimos diversas vezes - e em momentos cruciais! - vários retornos para colocar o ataque em ótima posição. Qual a dificuldade de treinar esses especialistas a dar tackle, eim? Falando em tackle...

> Tackle: Ouso afirmar, sem embasamento mas por mera observação analítica dos jogos, que se o Vikings soubesse dar tackle de maneira apropriada, teríamos sofrido apenas 2 das 5 derrotas dessa temporada. Em alguns momentos chega a ser extremamente irritante ver um, dois, três, QUATRO jogadores do Vikings para derrubar um frágil WR. É perfeitamente compreensível que há técnicas e mais técnicas de break tackle, spin, juke dentre vários outros artifícios ofensivos mas os erros de tackle que estamos cometendo são de brutalidade que chega a parecer às vezes alguns jogadores de NCAA jogando contra veteranos da NFL. NISSO o Coaching Staff tem que dar um jeito imediatamente!
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É isso pessoal, apesar do fim trágico da temporada, em geral foi uma temporada de redenção para o ataque, para o coaching staff, para nossos managers e para nossa maravilhosa torcida.
Que nos sintamos honrados de termos acompanhado de perto, snap por snap, um dos melhores times Purple 'n Gold de todos os tempos. SKOL VIKINGS!

6 comentários:

Paula disse...

Muito Bom André.
Concordo com tudo...
Não acho o Childress um bom HC, mas é um otimo GM :D
O cara tem um dom pra draftar o 1st round. 2 Rookies of the year?(Peterson & Harvin) em 3 anos, sendo que em 2008 nao tivemos 1st round pois trocamos com o Jared Allen.

Outra coisa que eu não gosto da nossa defesa, é que fazemos muita muita pouca blitz.

João Holden disse...

Parabéns André, excelente análise! De fato, fosse nossa secundária melhor, estríamos no domingo torcendo para os Vikings no super Bowl. Foi sem dúvida o ponto fraco da equipe. ainda mais tendo que ver Darren sharper arrebentando nos Saints. Mas é isso aí, no geral foi uma excelente temporada, muito positiva. e que venha o draft!

Paulo Pereira disse...

Só hoje conheci o blog e gostei bastante. Sendo um fã português do Brett Favre, dispensei logcamente o meu apoio aos Vikings, que realizaram uma temporada excelente, mas que culminou em frustração. Como é que se perde aquele jogo com os Saints, sendo que estatisticamente os Minnesota foram superiores em tudo?

De resto, parabéns pela matérias e votos de que o acompanhamento seja feito de forma mais regular.

Unknown disse...

belo review q ano q vem seja melhor q esse para os vikes

espero mais materias como essa =)

o/

Thiago disse...

VLW

Unknown disse...

@Paulo Pereira
Na minha opinião, aquele jogo perdemos por demérito do que por mérito do Saints.
Perdemos com o mão de manteiga Peterson. Além de um erro crasso do Favre no final do 4/4 (ele deveria ter corrido em um campo livre à frente ao invés de passar). E se o Kicker não tivesse perdido o Field Goal maldito lá no começo do jogo não teríamos sofrido a derrota.

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