segunda-feira, 18 de maio de 2009

Vick de volta. Uma boa pros Vikings?



Depois de cumprir sua pena, o Quarterback ex-Falcons, estaria livre para voltar à NFL. Caso a novela entre Brett Frave e os Vikings termine sem que o aposentado (?) jogador seja contratado pra assumir o comando do time em 2009, é quase que certo que a mídia esportiva aponte o time de Minnesota como um dos principais destinos de Vick.

Seria interessante para os Vikings essa hipótese? Seria Vick a solução para o nosso problema na posição? Analisemos friamente os números. Sabemos que a qualidade maior de Vick vem não necessariamente das mãos, mas dos pés. Vick corre muito bem com a bola. Em seis temporadas com os Falcons ele soma 3.859 jardas terrestres, média de 7,3 jardas por corrida e 21 touchdows anotados dessa forma. São números espetaculares em se tratando de um Quarterback. Mas quando passamos a falar do jogo aéreo, os números de Vick são apenas regulares. A porcentagem de passes completos de Vick (pasmem!) é menor do que a de Tarvaris Jackson, notadamente um Quarterback impreciso em seus lançamentos. Vick tem média de acerto de 53,8% contra 58,4% de Jackson; Comparando os números com os de Sage Rosenfels, a coisa fica ainda mais feia pros dois: 62,5%.

Vick tem uma média muito maior de jardas aéreas por temporada: 1917,5; mas esse número passa a ser um comparativo impreciso entre os três, já que Jackson e Rosenfels foram reservas de seus times nas temporadas anteriores, consequentemente com um número de jardas por temporada muito menor. Ainda assim a média de Vick é baixa. Só para comparar, os dois novatos sensação da temporada passada, Matt Ryan (curiosamente tomando o lugar de Vick em Atlanta) e Joe Flacco tiveram 3.440 e 2.971 jardas aéreas respectivamente.

Tendo em vista os dados acima, e sabendo que o diferencial de Vick é a corrida com a bola, seria ele uma boa opção pra esse ataque? Vale lembrar que o ataque dos Vikings é focado demasiadamente na corrida. Um time que tem Adrian Peterson pode se dar a esse luxo. O que acrescentaria então um QB cujo potencial é correr, que enfrentará defesas postadas essencialmente para parar o jogo terrestre?

Um dado final a ressaltar. Tarvaris Jackson, por mais criticado que seja, também dá conta do recado quando precisa correr com a bola: 482 jardas, média de 5,1 por corrida e 4 touchdows, isso em quatro anos na NFL. Não é nenhum Michael Vick, mas... precisamos de um QB que seja um Brett Frave, não um Adrian Peterson. Cada um no seu quadrado...

Não vou entrar no mérito dos fatores extra-campo, a aceitação da contratação por parte dos torcedores de Minnesota, venda de ingressos, patrocínios, que poderiam ser afetados tanto pra bem quanto pra mal. A idéia era unicamente uma superficial análise dos números e o que poderia Vick acrescentar aos Vikings dentro de campo.

3 comentários:

Daniel Chile disse...

Concordo contigo, João.

Vocês precisam mesmo de um QB que seja uma ameaça pelo seu jogo aéreo, não corrido. Acredito um pouco mais no Rosenfels do que no TJ.

O Vick apenas faria com que os Safeties ficassem mais próximos à LdS. Daí não haveria AP que aguentasse.

Raifi S. disse...

Vick no momento não seria o 'remédio' para o Minnesota Vikings[até pq o seu estilo de jogo não nos interessa(Temos Adrian Peterson)]O que a gente precisa é um QB bom de mão!Pra vc ver,Vick comparado a T. Jackson(pra mim,ele tenta ser um Vick da vida...eu sempre tive essa impressão!)Vick consegue ser pior!Eu n sei como ele consegue essa façanha!No momento Brett Frave seria mais proveitoso ate mesmo sendo líder de interceptações!

Léo Canhota Cega disse...

Quem corre é RB e não QB. Inventaram q ele era QB e ele acreditou!

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